Maria Bethânia em 2009
Referência obrigatória da música brasileira
A incrível cantora brasileira, Maria Bethânia vem a Portugal apresentar um espectáculo onde revisitará todos os grandes êxitos de uma carreira recheada de sucessos. Ao longo da sua carreira, colaborou com músicos de referência no Brasil como Edu Lobo, Gilberto Gil, Tom Zé e o irmão Caetano Veloso.
Os seus trabalhos de originais mais recentes são “Pirata” e “Mar de Sophia” de 2006, num dos quais a cantora baiana canta o mar da poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen. Distinguida com o Prémio Shell de Música, Bethânia é uma das cantoras que mais disco vende no Brasil, alguns dos quais “Alibi” (1978), “Talismã” (1980), “Âmbar” (1996) e “A força que nunca seca” (1998), entre outros.
Os concertos realizam-se nos dias 27 e 28 de Fevereiro no Coliseu de Lisboa. Os bilhetes já estão à venda, nos locais habituais, e custam entre 20 e 65 euros.
Maria Bethânia é referência obrigatória em qualquer citação à música brasileira a partir dos anos 60. Conforme bem observou a escritora e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon, no seu ensaio sobre a artista, “há que se ouvir esta brasileira universal. Cantora maior da cena humana, cuja arte, incorruptível, explica um país e um povo. Porque quando Maria Bethânia entoa seu canto, ela representa o Brasil. Ela consolida no palco a língua das nossas emoções”.
Aquela que é considerada uma das divas da Bahia, Bethânia saiu de lá em 1964, era uma menina com 17 anos. Partiu para cantar no show “Opinião” e alcançar o sucesso, traçando a partir daí uma trajectória singular na história do espectáculo brasileiro. Actualmente, aos 44 anos de carreira, que está no seu auge.
Ao longo dessas mais de quatro décadas, seja tornando-se a primeira cantora brasileira a romper a marca de um milhão de discos vendidos, seja arrebatando plateias mundo fora, com o seu jeito único de estar em palco – o “padrão Bethânia” de espectáculos, que coaduna música e elementos de teatro, Maria Bethânia, sempre coerente e fiel às suas escolhas artísticas, conquistou e manteve um público fiel.
Com o passar do tempo ela amadureceu, melhorou, cresceu enquanto pessoa e enquanto artista, e, actualmente, conquista cada vez mais novos admiradores que acompanham atentamente cada novo passo da sua arte, ou como resumiu o jornalista e produtor musical Nelson Mota, “uma incessante criação de beleza e emoção, ao longo de uma carreira que fez dela uma das artistas mais respeitadas e admiradas não só pelo público e pela crítica, mas pelos compositores, letristas e cantores de vários e estilos e gerações”.
Dois eventos, só para citar os mais recentes, ambos realizados em Setembro do ano passado, no Rio de Janeiro, comprovam-no no dia 9, Maria Bethânia recebeu o Prémio Shell de Música, tornando-se a primeira intérprete agraciada com um prémio antes restrito somente a compositores.
Já no dia 25, a cantora apresentou o seu show Brasileirinho numa noite de beneficência em prol do Hospital Pró-Criança Cardíaca, no Theatro Municipal. Nos dois casos, patrocinadores e instituições envolvidas tiveram um excelente retorno mediático e agregaram credibilidade e prestígio às suas respectivas propostas, mesmo sendo de naturezas completamente opostas.
Nos últimos anos, Maria Bethânia tem-se debruçado em projectos inovadores que, em comum, falam muito sobre o Brasil: segundo o poeta Ferreira Goulart, “uma de nossas cantoras mais brilhantes, criativas e autênticas, em que se juntam a sensibilidade musical e a profunda identificação com seu povo, sua cultura, suas raízes brasileiras”.
Esta maneira muito própria de cantar a alma brasileira vem rendendo à cantora não só a consagração junto do público e da crítica, mas também os mais importantes prémios da música nacional: Prémio TIM de Música; APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e Prémio Rival, só para citar os principais. Como definiu o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, “Bethânia traça, há mais de 40 anos, música por música, disco após disco, show a show, a mais inteligente história sentimental do brasileiro”.
Duas noites possíveis, uma escolha entre duas, mas uma certeza. Vale a pena ir ver a diva Maria Bethânia e deixar ecoar a sua voz.
Referência obrigatória da música brasileira
A incrível cantora brasileira, Maria Bethânia vem a Portugal apresentar um espectáculo onde revisitará todos os grandes êxitos de uma carreira recheada de sucessos. Ao longo da sua carreira, colaborou com músicos de referência no Brasil como Edu Lobo, Gilberto Gil, Tom Zé e o irmão Caetano Veloso.
Os seus trabalhos de originais mais recentes são “Pirata” e “Mar de Sophia” de 2006, num dos quais a cantora baiana canta o mar da poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen. Distinguida com o Prémio Shell de Música, Bethânia é uma das cantoras que mais disco vende no Brasil, alguns dos quais “Alibi” (1978), “Talismã” (1980), “Âmbar” (1996) e “A força que nunca seca” (1998), entre outros.
Os concertos realizam-se nos dias 27 e 28 de Fevereiro no Coliseu de Lisboa. Os bilhetes já estão à venda, nos locais habituais, e custam entre 20 e 65 euros.
Maria Bethânia é referência obrigatória em qualquer citação à música brasileira a partir dos anos 60. Conforme bem observou a escritora e ex-presidente da Academia Brasileira de Letras, Nélida Piñon, no seu ensaio sobre a artista, “há que se ouvir esta brasileira universal. Cantora maior da cena humana, cuja arte, incorruptível, explica um país e um povo. Porque quando Maria Bethânia entoa seu canto, ela representa o Brasil. Ela consolida no palco a língua das nossas emoções”.
Aquela que é considerada uma das divas da Bahia, Bethânia saiu de lá em 1964, era uma menina com 17 anos. Partiu para cantar no show “Opinião” e alcançar o sucesso, traçando a partir daí uma trajectória singular na história do espectáculo brasileiro. Actualmente, aos 44 anos de carreira, que está no seu auge.
Ao longo dessas mais de quatro décadas, seja tornando-se a primeira cantora brasileira a romper a marca de um milhão de discos vendidos, seja arrebatando plateias mundo fora, com o seu jeito único de estar em palco – o “padrão Bethânia” de espectáculos, que coaduna música e elementos de teatro, Maria Bethânia, sempre coerente e fiel às suas escolhas artísticas, conquistou e manteve um público fiel.
Com o passar do tempo ela amadureceu, melhorou, cresceu enquanto pessoa e enquanto artista, e, actualmente, conquista cada vez mais novos admiradores que acompanham atentamente cada novo passo da sua arte, ou como resumiu o jornalista e produtor musical Nelson Mota, “uma incessante criação de beleza e emoção, ao longo de uma carreira que fez dela uma das artistas mais respeitadas e admiradas não só pelo público e pela crítica, mas pelos compositores, letristas e cantores de vários e estilos e gerações”.
Dois eventos, só para citar os mais recentes, ambos realizados em Setembro do ano passado, no Rio de Janeiro, comprovam-no no dia 9, Maria Bethânia recebeu o Prémio Shell de Música, tornando-se a primeira intérprete agraciada com um prémio antes restrito somente a compositores.
Já no dia 25, a cantora apresentou o seu show Brasileirinho numa noite de beneficência em prol do Hospital Pró-Criança Cardíaca, no Theatro Municipal. Nos dois casos, patrocinadores e instituições envolvidas tiveram um excelente retorno mediático e agregaram credibilidade e prestígio às suas respectivas propostas, mesmo sendo de naturezas completamente opostas.
Nos últimos anos, Maria Bethânia tem-se debruçado em projectos inovadores que, em comum, falam muito sobre o Brasil: segundo o poeta Ferreira Goulart, “uma de nossas cantoras mais brilhantes, criativas e autênticas, em que se juntam a sensibilidade musical e a profunda identificação com seu povo, sua cultura, suas raízes brasileiras”.
Esta maneira muito própria de cantar a alma brasileira vem rendendo à cantora não só a consagração junto do público e da crítica, mas também os mais importantes prémios da música nacional: Prémio TIM de Música; APCA (Associação Paulista de Críticos de Arte) e Prémio Rival, só para citar os principais. Como definiu o jornalista Joaquim Ferreira dos Santos, “Bethânia traça, há mais de 40 anos, música por música, disco após disco, show a show, a mais inteligente história sentimental do brasileiro”.
Duas noites possíveis, uma escolha entre duas, mas uma certeza. Vale a pena ir ver a diva Maria Bethânia e deixar ecoar a sua voz.
Ana Maria Duarte
Artigo publicado em Jornal Semanário (31.12.2008)
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